“Conhecer não é demonstrar nem explicar, é aceder à visão.“
— Antoine de Saint-Exupéry
Girafas a beber, Ngala — Namíbia
Foto de Sérgio Pires
@spires07
Artigos
Aspectos conceituais e raízes históricas das psicoterapias
De Nuno Pereira Castanheira, Eugenio Horacio Grevet e Aristides Volpato Cordioli
As psicoterapias têm suas raízes na história da filosofia, da medicina, da psiquiatria e da psicologia. Neste capítulo, descrevemos a evolução do conhecimento que nos permitiu ter um conceito de mente ligada ao funcionamento cerebral, passo essencial para o surgimento de intervenções psicoterapêuticas racionais para o tratamento dos transtornos mentais. São abordados conceitos como mente, dualismo, monismo e método científico. Dessa forma, o leitor poderá ter uma visão sucinta dos pressupostos filosóficos e científicos que são as bases teóricas das diferentes formas de psicoterapia. Entender tais pressupostos é essencial para uma leitura crítica dos capítulos que se seguem a este, assim como para iniciar a construção de uma racionalidade mínima, necessária para o exercício do papel de psicoterapeuta. Também são descritas as origens históricas das principais correntes de psicoterapia − a psicanálise, a terapia comportamental, a terapia cognitivo-comportamental (TCC) e a terapia existencial.
De João Hipólito
Actualmente, assiste-se em Portugal a uma alteração na definição da situação oficial da prática de Psicoterapia. Esta define-se consensual e sinteticamente como o tratamento de problemas/perturbações psicológicos por meios psicológicos, isto é, excluindo medicamento, e substâncias químicas. Enquanto a Psicologia como disciplina científica se exprime na curiosidade do funcionamento psicológico, a psicoterapia exprime-se na preocupação e no cuidado no disfuncionamento e sofrimento desse sistema.
A Propósito de Psicoterapia e Acesso à formação nessa Profissão
Critérios mínimos de formação da Federação Portuguesa de Psicoterapia
A definição dos critérios mínimos de formação dos candidatos ao exercício da psicoterapia dentro de um modelo definido, destina-se a estabelecer a carga formativa mínima que, no entender da FEPPSI, prepara um candidato para o exercício do ato psicoterapêutico.
Aos Membros da FEPPSI - sociedades, associações, outras - compete a aplicação destes critérios mínimos e a definição dos critérios adicionais que permitem a filiação dos candidatos aos modelos específicos.
Conselhos Provisórios para a realização de Psicoterapia on-line
De Adrian Rhodes
Em resposta à pandemia de COVID-19, muitos terapeutas considerarão trabalhar online com os seus clientes – com a finalidade de manter o contato terapêutico, mas minimizando o risco para ambos, cliente e terapeuta.
“Terapia online”refere-se geralmente a quatro formatos: telefone, vídeo conferência, terapia estruturada por email e mensagens instantâneas (I.M. texto-chat).
Existe a fortíssima evidência de que a psicoterapia online é eficaz – mas não o é para todos – cliente e terapeuta. Enquanto a terapia online partilha conceitos teóricos e muitas práticas com a terapia presencial (F2F), também existem diferenças – tal como existem diferenças, digamos, entre a terapia individual e a terapia de casais.
Este documento é fornecido para lhe indicar alguns dos problemas que deverá ter em conta, se não tem trabalhado muito online. Pretende ser uma medida provisória e não deve ser considerada como um treino completo.
Foi redigido por Adrian Rhodes, ex-presidente da EAP e atualmente presidente da ACTO – a “Associação de Aconselhamento e Terapia Online” (Reino Unido). Não é um documento abrangente; revisões adicionais serão levadas ao Conselho da EAP para consideração e ratificação.