Sociedade Portuguesa de Arte-Terapia

 

“A vida é bela, aconteça o que acontecer, desde que esse seja o mote de criação do indivíduo. Pelo balanço estético existencial, implementado dessa forma, transforma-se a perspectiva do passado, através da vivência significativa alcançada no aqui e agora, para se ser amanhã. E à vivência significativa acede-se fundamentalmente pelas Artes”

— Ruy de Carvalho

 
  • SPAT

  • 1997

  • Associação privada sem fins lucrativos

  • Investigação, formação, clínico, divulgação

  • O Modelo Polimórfico de Arte-Terapia/Psicoterapia compreende diferentes modos de intervenção com recurso à manifestação artística, dois dos quais se contemplam neste âmbito:

    • Arte-Psicoterapia Intensiva- Compreende uma abordagem propícia a intervenções breves, onde a integração de mediadores e a interação intensiva com o arte-psicoterapeuta propiciam a catarse integradoras, afim da modulação psíquica.

    • Arte-Psicoterapia Diagenésica- Corresponde a uma intervenção mais adequada a intervenções de longa duração, onde se incentiva à criação artística espontânea.

    A Arte-Psicoterapia destaca-se como um método de tratamento psíquico que utiliza mediadores artísticos no contexto de um processo terapêutico específico. Isto resulta numa relação terapêutica própria baseada na interação entre o sujeito (criador), o trabalho artístico (criação) e o/a arte-psicoterapeuta. O recurso à imaginação, simbolismo e metáforas enriquece o processo. As características acima referidas facilitam a comunicação, o ensaio de relações de objeto e a reorganização de objetos internos, uma expressão emocional significativa e um maior autoconhecimento, libertando assim a capacidade de pensar e a criatividade. (Ruy de Carvalho, 2001)

    A Arte-Psicoterapia possui parâmetros específicos baseados em mais de meio século de experiência clínica e outros parâmetros comuns a outros modelos psicoterapêuticos, dos quais no entanto difere na medida que integra a arte na relação terapêutica.

    A sua fundamentação científica específica engloba a psicopatologia expressiva e as teorias da criatividade, em particular as referentes ao desenvolvimento psíquico, à interação objetal e à estratificação da mente, designadas genericamente como psicodiagénesis. (Definição completada em 2017, Ruy Carvalho).

    A expressão artística é central nesta psicoterapia. O objeto de arte tem uma função gnóstica, fornecendo ao sujeito informações sobre si próprio e ao Arte-Psicoterapeuta um registo do processo.

    O contexto da criação artística não é usado para análise. O foco desta situar-se-á na relação terapêutica.

    A experiência artística pode intensificar a expressão de vivências, bem como incrementar o equilíbrio estético pela reconfiguração consciencializada de representações inconscientes e de afetos ligados ao sensorial. Através da mobilização das pulsões inerentes ao processo criativo próprio ao fazer artístico propicia-se a sua satisfação sublimada e modulação. A facilitação da tais transformações, afins do significar integrado em tomadas de consciência pode ser importante para promover a riqueza, a vitalidade e a qualidade da vida psíquica. Imagens de transformação e mudança, representadas nas criações artísticas, dão expressão à função reparadora, no decurso do processo arte-psicoterapêutico.

    • Designação da formação ministrada em Psicoterapia: FORMAÇÃO PROFISSIONAL ESPECIALIZADA EM ARTE-PSICOTERAPIA com habilitação à prática clínica (Membro Efetivo da SPAT)

    • Regime: Regime misto

    • Nº horas:
      Mínimo de 2000 horas de formação distribuídas por 3 anos:
      – 900 horas de formação teórico-técnica, teórico-dinâmica e teórico-clínica
      1º Ano – Bloco Teórico-Prático (TP)
      2º Ano – Bloco Teórico-Dinâmico (TD)
      3º Ano – Bloco Teórico-Clínico (TC)

      Cada Bloco possibilita mais de 200 horas de formação distribuída por Seminários clínicos, Técnicos e de Psicopatologia, bem como Seminários teórico-particos específicos a cada mediador, Workshops Temáticos e outros cursos.

      – 200 horas de condução de grupo institucional de Arte-Terapia Vivencial ou Temática
      – 250 horas de trabalho de Arte-Psicoterapia Integrativa e Analítica, individual, no mínimo com 4 pacientes

    • Nº horas de Supervisão: 60h (Arte-Psicoterapia Integrativa e Analítica, individual) + 30h orientação (intervenção grupo institucional)

    • Pré-requisitos de candidatura á formação em Psicoterapia:
      É pré-requisito a realização do 1º ano da Formação de Arte-Terapeutas, ou seja, o Bloco Teórico-Prático do Nível I e a realização de 2 entrevistas

    • Formação reconhecida ou certificada por alguma entidade nacional ou internacional? Qual?
      Sim. DGERT

    • Habilitação conferida ao formando/a após a conclusão desta formação:
      Arte-Terapeuta/Psicoterapeuta habilitado à prática livre do Modelo Polimórfico

    • Origem
      Foi criada em 1997, na sequência do trabalho desenvolvido por um Núcleo de Investigação organizado em 1994. Tem como membros fundadores: Dr. João de Azevedo e Silva, Psiquiatra, Grupanalista e Psicanalista, Presidente do Conselho Científico; Dr. Ruy de Carvalho, Médico, Arte-Psicoterapeuta Didata e com formação grupanalítica, Vice-Presidente do Conselho Científico (organizador da estrutura da SPAT e conceptualizador do Modelo Polimórfico) e Vice-Presidente da Sociedade Internacional de Psicopatologia da Expressão e Arte-Terapia, Dra. Helena Correia, Psiquiatra, Arte-Psicoterapeuta Didata e com formação grupanalítica. Integram ainda o Conselho Científico, o Dr. Joaquim Custódio, Psiquiatra, Arte-Psicoterapeuta Didata, com formação grupanalítica e Master de Sofrologia e Dra. Susana Catarino, Psicóloga e Arte-Psicoterapeuta Didata. Os Membros fundadores e didatas da SPAT são psicoterapeutas com mais de 20 anos de prática (significando mais de 10000 horas de intervenção clínica).

      Ao longo da sua existência a SPAT tem tido um desempenho dinâmico em diversas vertentes.

      Tem-se organizado anualmente formações de Arte-Terapeutas e Arte-Psicoterapeutas, tendo no total frequentado a formação regular mais de uma centena de formandos. Desde 2000 que se organiza um Congresso Nacional de Arte-Terapia, nos quais participam cerca de 200 profissionais de diversas áreas, anualmente. Nessas iniciativas da SPAT têm participado dezenas de Arte-Terapeutas estrangeiros dos quais se destacam personalidades como Dr. Guy Roux (Presidente da S.I.P.E., França), Dr. R. Pandelon (Secretário das Relações Exteriores da S.I.P.E., França), Professora Dr.ª Diane Waller (Vice-Presidente da S.I.P.E., Inglaterra), Dr.ª Caroline Case (Inglaterra), Jennifer Mackewenn (Inglaterra), Professor Hartmut Kapteina (Alemanha), Judith Rubin (USA), Barry Cohen (USA), Noa Ass-Cohen (USA), Professora Doutora Selma Ciornai (São Paulo, Brasil), Mestre Dr.ª ngela Philippini (Rio de Janeiro, Brasil), Mestre Dr.ª Otília Rosângela Souza (Belo Horizonte, Brasil), entre muitas outras. A SPAT acumula assim, milhares de horas de ações de formação em Arte-Terapia.

      Efetuaram-se vários contactos internacionais, com representação em eventos em Inglaterra, França e Brasil. Destes resultou o reconhecimento, por parte de Arte-Terapeutas estrangeiros, da validade da SPAT, nomeadamente Gerry McNeilly (arte-terapeuta e grupanalista em Inglaterra, criador do modelo de Arte-Terapia Grupanalítica), que é atualmente Membro Honorário e Titular da SPAT.

    • Inspirado em:
      O Modelo Polimórfico de Arte-Terapia/Psicoterapia compreende diferentes modos de intervenção com recurso à manifestação artística, com parâmetros processuais próprios, tendo como inspiração modelos clássicos de psicoterapia dinâmica ( com autores como Freud, Klein, Winnicott, Milner, Kohut, etc...) e outros, mais ligados à arte terapia, como é o caso da Integrative Art Therapy – Institute for Arts and Education, London e Group Analitic Art-therapy – Gerry McNeilly entre outros.

  • SIPE-AT – Société Internationale de Pathologie de l’Expression et Art Thérapie sendo Ruy de Carvalho Vice-Presidente da Direção da mesma e encarregue das Relações Internacionais.

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